domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pedagogo

"Individuo que se ocupa dos métodos de educação e ensino" Fonte: Dicionário Michaelis O que é ser pedagogo? O pedagogo é o profissional especialista em educação, sua função é produzir e difundir conhecimentos no campo educacional. Ele precisa ser capaz de atuar em diversas áreas educativas e compreender a educação como um fenômeno cultural, social e psíquico complexo e capaz de produzir e difundir conhecimentos no campo educacional. Quais as características necessárias para ser pedagogo? É preciso ter capacidade de planejamento e execução de planos, dinamismo, além de saber comunicar e transmitir idéias. Este profissional precisa estar preparado para enfrentar, com criatividade e competência, os problemas do cotidiano, ser flexível, tolerante e atento às questões decorrentes da diversidade cultural que caracteriza nossa sociedade. Características desejáveis: equilíbrio emocional trabalhar bem em equipe objetividade criatividade gostar de lidar com público capacidade de comunicar-se ter iniciativa gostar de ensino desembaraço Qual a formação necessária para ser pedagogo? Para atuar como Pedagogo, é indispensável que o profissional possua o Ensino Superior em Pedagogia que tem duração de quatro anos. Para se especializar na área de Educação/Ensino, o profissional pode optar por cursos como: Especialização em Administração Escolar; Especialização em Formação de Recursos para Educação Infantil; Especialização em Educação Especial-Deficiência; Mestrado em Educação Escolar. Atualmente, além da formação comprovada e do domínio das tecnologias de informação e educação, uma das características mais importantes para o pedagogo é a capacidade de gerenciamento da formação continuada. Principais atividades de um pedagogo Dentre as atividades do pedagogo destaca-se a administração escolar, onde realiza estudos e pesquisas nas áreas pertinentes á educação e coordenação de cursos visando ao aperfeiçoamento do ensino e suas técnicas; o magistério pré-primário, onde tem como responsabilidade o planejamento, orientação e coordenação de atividades técnico-pedagógicas e administrativas do ensino pré-primário; a educação de deficientes da áudio-comunicação, lecionando, planejando, organizando e coordenando cursos; a orientação educacional a fim de ajudar o aluno a ajustar-se ao ambiente escolar e ao meio social em que vive, através do desenvolvimento da personalidade e do encaminhamento vocacional. O pedagogo atua também na supervisão de ensino em empresas, na área de Recursos Humanos (organização e coordenação de cursos). Áreas de atuação e especialidades Administração escolar: gerenciar estabelecimentos de ensino, supervisionando recursos humanos, materiais e recursos financeiros necessários ao funcionamento. Ensino: lecionar no ensino fundamental ou médio e, com pós-graduação no ensino universitário. Educação Especial: desenvolver material didático e lecionar para crianças e adultos portadores de alguma deficiência. Orientação Educacional: orientar e ajudar estudantes no processo de aprendizagem com uso de métodos pedagógicos e psicológicos. Supervisão educacional: orientar e avaliar professores e educadores visando à qualidade do ensino. Treinamento de recursos humanos: desenvolver programas de treinamento para funcionários de uma empresa. Assessoria pedagógica em serviços de difusão cultural (museus, centros culturais) e de comunicação de massa (jornais, revistas, televisão, editoras, rádios, agências de publicidade); Terceiro Setor (ONGs): na coordenação de programas e projetos de natureza educativa nas áreas da saúde, meio-ambiente, trânsito, promoção social, lazer e recreação, etc. Mercado de trabalho Este é um mercado de trabalho bastante concorrido, mas que está sempre em expansão tanto no setor público como no privado, devido à demanda da escola gerada pelo crescimento demográfico. Uma garantia disso é que a educação é o único setor que tem desde a constituição de 1998, recursos públicos obrigatoriamente vinculados que devem ser destinados para a educação. Os mais bem preparados têm o seu lugar assegurado no mercado de trabalho. Aí está a grande importância em escolher a escola que cursará Pedagogia. Curiosidades A história da educação e da formação de profissionais habilitados para ensinar, no Brasil, começou com os jesuítas, ordem religiosa que veio juntamente com os colonizadores na tentativa de catequizar os índios. Em 1759 os jesuítas foram expulsos do território brasileiro, na época eles mantinham 36 missões, 17 colégios e seminários, além de inúmeras escolas de primeiras letras. Depois da saída da Cia de Jesus a educação ficou durante quase um século estagnada, só então no Império foram fundadas as primeiras escolas de formação de professores. Em 1934, Anísio Teixeira fundou o primeiro curso de nível superior para professores e fundou o Instituto da Educação, no Rio de Janeiro, então capital do Império. A maior contribuição brasileira à pedagogia internacional foi a invenção de um sistema de alfabetização de adultos aplicado no Rio Grande do Norte, em Sergipe e em Pernambuco, por Paulo Freire em 1950.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Recursos Metodológicos por Suely

Continuação da construção de conceitos com cartazes, demonstrando atividades culinárias e brincadeiras em grupos que ajudam no cotidiano de cada criança a interiorizar as relações de medidas e grandezas.

Medidas e Grandezas: crianças de quatro a seis anos

Criando conceitos Conteúdo • Exploração de diferentes procedimentos para comparar grandezas. • Introdução às noções de medida de comprimento, peso, volume e tempo, pela • Utilização de unidades convencionais e não convencionais. • Marcação do tempo por meio de calendários. • Experiências com dinheiro em brincadeiras ou em situações de interesse das • Criação e construção de brinquedos e a elaboração de alimentos com vários ingredientes. Desenvolvimento As medidas estão presentes em grande parte das atividades cotidianas das crianças. Desde muito cedo, elas têm contato com certos aspectos de medidas. O fato de que as coisas têm tamanhos, pesos, volumes, temperatura diferentes e que tais diferenças frequentemente são assinaladas pelos outros (está longe, está perto, é mais baixo, é mais alto, mais velho, mais novo, pesa meio quilo, mede dois metros, a velocidade é de oitenta quilômetros por hora etc.) permite que as crianças informalmente estabeleçam esse contato, fazendo comparações de tamanhos, estabelecendo relações, construindo algumas representações nesse campo, atribuindo significado e fazendo uso das expressões que costumam ouvir. As crianças aprendem sobre medidas, medindo. A ação de medir inclui: a observação e comparação sensorial e perceptiva entre objetos; o reconhecimento da utilização de objetos intermediários, como fita métrica, balança, régua etc., para quantificar a grandeza (comprimento, extensão, área, peso, massa etc.). Inclui também efetuar a comparação entre dois ou mais objetos respondendo a questões como: “quantas vezes é maior?”, “quantas vezes cabe?”, “qual é a altura?”, “qual é a distância?”, “qual é o peso?” etc. A construção desse conhecimento decorre de experiências que vão além da educação infantil. Para iniciar esse processo, as crianças já podem ser solicitadas a fazer uso de unidades de medida não convencionais, como passos, pedaços de barbante ou palitos, em situações nas quais necessitem comparar distâncias e tamanhos: medir as suas alturas, o comprimento da sala etc. Podem também utilizar-se de instrumentos convencionais, como balança, fita métrica, régua etc., para resolver problemas. Além disso, o professor pode criar situações nas quais as crianças pesquisem formas alternativas de medir, propiciando oportunidades para que tragam algum instrumento de casa. O uso de uma unidade padronizada, porém, deverá aparecer como resposta às necessidades de comunicação entre as crianças, uma vez que a utilização de diferentes unidades de medida conduz a resultados diferentes nas medidas de um mesmo objeto. De acordo com o RCN , O professor deve partir dessas práticas para propor situações-problema em que a criança possa ampliar, aprofundar e construir novos sentidos para seus conhecimentos. As atividades de culinária, por exemplo, possibilitam um rico trabalho, envolvendo diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimento e a quantidade dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada etc. A comparação de comprimentos, pesos e capacidades, a marcação de tempo e a noção de temperatura são experimentadas desde cedo pelas crianças pequenas, permitindo-lhes pensar, num primeiro momento, essencialmente sobre características opostas das grandezas e objetos, como grande/pequeno, comprido/curto, longe/perto, muito/pouco, quente/frio etc. Entretanto, esse ponto de vista pode se modificar e as comparações feitas pelas crianças passam a ser percebidas e anunciadas a partir das características dos objetos, como, por exemplo, a casa branca é maior que a cinza; minha bola de futebol é mais leve e menor do que a sua etc. O desenvolvimento dessas capacidades comparativas não garantem, porém, a compreensão de todos os aspectos implicados na noção de medida. Faixa etária Pré-escolar: crianças de quatro a seis anos Objetivos Nesta fase, são aprofundadas e ampliados os objetivos previstos para a faixa etária até três anos, garantido-se, ainda, oportunidades para que as crianças sejam capazes de: - reconhecer e valorizar as grandezas e medidas e contagens orais como ferramentas necessárias no seu cotidiano; - comunicar idéias de medidas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem de medidas e grandezas; - ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações do cotidiano que envolva todas essas medidas em seu cotidiano e por toda sua vida. - pegar a criança pela a curiosidade e interesse, levar ela a criar, agir e fazer de sua vida uma grande medida ou grandeza em geral, utilizando seu cotidiano e seus prévios . - utilizar todos os recursos necessários e criativos para que a criança assimile as noções de grandezas e medidas de acordo com a faixa etária da criança: o lúdico, jogos, brinquedos e as brincadeiras; para que a criança se atraia e comece a aprofundar e criar seus conceitos e conhecimentos necessários para a vida dela. Procedimentos Metodológicos Muitas atividades sobre medidas o melhor método é usar a criatividade e coisas de fácil acesso para uma boa prática: frutas, dedos da mão, brinquedos, régua e muitas brincadeiras que envolva medidas são essenciais. • Para criar brinquedos podemos utilizar reciclagem e bugigangas. • Atividades de culinária na criação de noções medidas com vários ingredientes. • Criar filas com crianças ou brinquedos organizando do elemento mais baixo para o mais alto. • Introdução às noções de medida de comprimento, peso, volume e tempo, pela utilização de unidades convencionais e não convencionais: fita métrica, balanças, palmos, pegadas e etc. • Medir a criança todo mês e no final do ano com barbantes e colocando medidas no barbante depois fazer a variante, ajuda a criança entender a medida que ele cresce. • Utilização de calendários marcando datas importantes: dia, semana, mês, ano; • Utilizar as próprias crianças como meio de medida. Avaliação Observar se os movimentos exploratórios da turma para encaminhar e fazer as atividades. Observar se as crianças ficaram receptivas ao assunto e se gerou novas curiosidades. Esse diagnóstico pode servir de base para a reorganização do ambiente - verificar, principalmente, se o conjunto de atividades favorece a mobilidade e a exploração do grupo - e para propor desafios individuais para cada um. Estimular a experimentação através de perguntas: "O objeto com que você está brincando tem quantos palmos? É maior ou menor que aquele outro? Encaixa em outro maior? Tem meio quilo?" Fazer anotações sobre o comportamento dos pequenos e, se possível, filmar ou fotografar as interações com os jogos e desafios sobre medidas e grandezas com todos da sala. Criar e explorar com as crianças todas as medidas possíveis para sua faixa etária. A prática é o melhor ensino que podemos oferecer. Abusar da criatividade e da curiosidade da criança é essencial.

sábado, 15 de outubro de 2011

Creche 0 a 3 anos

Construindo identidade e autonomia Fonte: revista escola http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/roteiro-didatico-identidade-autonomia-creche-634707.shtml

domingo, 18 de setembro de 2011

Escola Infantil. Para Que Te Quero?

Por um bom período da história da humanidade, não houve nenhuma instituição responsável por compartilhar esta responsabilidade pela criança com seus pais e com a comunidade da qual estes faziam parte. O surgimento das instituições de educação infantil esteve de certa forma relacionada ao nascimento da escola e do pensamento pedagógico moderno, que pode ser localizado entre os séculos XVI e XVII. A igreja teve um papel importante na alfabetização, para garantir que seus fiéis tivessem um mínimo de domínio da leitura e da escrita. Com a implantação da sociedade industrial, também passaram a ser feitas novas exigências educativas. As creches e pré-escolas surgiram depois das escolas e o seu aparecimento tem sido muito associado com o trabalho materno fora do lar, a partir da revolução industrial. Defendiam idéias de que proporcionar educação era, em alguns casos, uma forma de proteger a criança das influencias negativas do seu meio e preservar-lhe a inocência, em outros, era preciso afastar a criança da ameaça da exploração, em outros, ainda, a educação dada ás crianças tinha por objetivo eliminar as suas inclinações para a preguiça, a vagabundagem, que eram consideradas “características” das crianças pobres. O que se pode perceber é que existiram para justificar o surgimento das escolas infantis uma série de idéias sobre o que constituía uma “natureza infantil”. E então pra quê? A educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos complementares e indissociáveis: educar e cuidar. O que tem se verificado na prática, é que tanto os cuidados como a educação tem sido entendidos de forma muito estreita. Cuidar tem significado, na maioria das vezes, realizar as atividades voltadas para os cuidados primários: higiene, sono, alimentação. Prover ambientes acolhedores, seguros, alegres, instigadores, com adultos preparados. Cuidar inclui preocupações que vão desde a organização dos horários de funcionamento da creche, compatíveis com a jornada de trabalho dos responsáveis pela criança, passando pela organização do espaço, pela atenção aos materiais que são oferecidos, como brinquedos, pelo respeito às manifestações da criança (de querer estar sozinha, de ter direito aos seus ritmos, ao seu “jeitão”) até a consideração de que a creche não é um instrumento de controle da família, para dar apenas alguns exemplos. Quando se trata das crianças de classes populares, muitas vezes a prática tem se voltado para as atividades que têm por objetivo educar para a submissão, o disciplinamento, o silêncio, a obediência. De outro lado, de forma igualmente perversa, também ocorre experiências voltadas para o que chamo de “escolarização precoce”. A dimensão educativa tem desconhecido um modo atual de ver as crianças: como sujeitos que vivem uns momentos em que predominam o sonho, a fantasia, a afetividade, a brincadeira, as manifestações de caráter subjetivo. A infância passa a ser nada mais do que um momento de passagem, que precisa ser apressado como, aliás, tudo em nossa vida. Enquanto se mantiver a confusão de papéis que vê na família ou na escola os modelos a serem seguidos, quem perde é a criança. A educação infantil como um percurso ou caminhada (ou isto, ou aquilo…) Nos últimos três ou quatro séculos, a criança passou a ter uma importância como nunca havia ocorrido antes e ela começou a ser descrita, estudada, a ter o seu desenvolvimento previsto, como se ele ocorresse sempre do mesmo jeito e na mesma seqüência (de forma linear e progressiva). A criança não cria a partir do nada, mas de significados que fazem parte da linguagem e do patrimônio cultural do seu grupo. A responsabilidade pela entrada da criança no universo cultural que ela compartilha com seu grupo social tem, cada vez mais, envolvido outros sujeitos e instituições fora da família. Este processo de constituição dos sujeitos no mundo da cultura, é o que chamamos de educação – o fenômeno pelo qual a criança “mas também os jovens e adultos” passa não apenas a absorver a cultura do seu grupo, mas também a produzi-la e ativamente transforma-la. A forma como as instituições escolares, entre as creche e pré-escolas, se organizam para produzir estes processo é currículo. Conhecimento: o domínio de informações e o desenvolvimento do raciocínio, de formas de pensar, que a gente quer cada vez mais complexas, aperfeiçoadas, abstratas. A experiência que a criança vive na escola infantil é muito mais completa e complexa. Nela a criança desenvolve modos de pensar, mas também se torna um ser que sente de uma determinada maneira. Também é preciso destacar que a criança neste período se torna cada vez mais capaz do domínio das operações com o próprio corpo, um sujeito que faz coisas, desenvolve habilidades, destrezas, que a expressa de variadas formas, que se manifesta como um ser ativo e criativo. A escola infantil “quando sua curiosidade as levasse a fazer perguntas”, dançar e cantar e não serem “aborrecidas com livros”. Que elas fossem educadas e treinadas sem punições ou temor, que nenhuma restrição necessária lhes fosse imposta e que lhes fosse ensinado somente “o que pudessem entender”. A escola infantil trouxe uma abordagem humana e inovadora para a educação de crianças pequenas no inicio do século XIX. O jardim de infância de Froebel proporcionava educação simbólica baseada numa filosofia ligada à unidade entre o homem, Deus e a natureza. Os dons de Froebel são materiais educativos para manipulação. Os dons eram conjuntos de pequenos materiais manipuláveis para serem usados pelas crianças de formas preestabelecidas. O primeiro conjunto era uma série de seis bolas feitas de cordão, cada uma de uma cor. Durante a manipulação, pouca atenção era dada às propriedades físicas dos objetos, pois as sensações e percepções do mundo rel não eram consideradas importantes. As ocupações de Froebel são atividades manuais. As canções e jogos de mãe são canções e brincadeiras para criança. Criadas especialmente por Froebel, eram inspiradas nas brincadeiras das mães camponesas com seus filhos pequenos e nas atividades do mundo social e natural. Logo, as instituições de treinamento para jardineiras começaram a atrair um grande número de jovens alemãs. De acordo com Hill, o conteúdo do programa dos jardins deveriam estar relacionados a vida das crianças no momento, e não a das crianças de outra cultura e outra geração. Elas deveriam adquirir o conhecimento da civilização, usando suas experiências pessoais como meio de atingir a compreensão. Hill propôs o uso de experiências concretas e de jogos de sala de aula baseado nas atividades naturais da infância. As crianças deveriam ficar livres para reconstruir sua própria realidade. Alguns dos elementos de Froebel que esses educadores apoiavam e incluíam: O conceito do desenvolvimento da infância. O desenvolvimento era visto como um processo de expansão, e a educação têm lugar a medida que o organismo se expande; Educação como auto-atividade. Froebel sugere que a educação para crianças pequenas deveria deferir em forma de conteúdo da oferecida a crianças mais velha; O valor educacional de brincar. Froebel via o brinquedo como uma atividade importante para o amadurecimento e o aprendizado da criança, onde se podiam observar as reproduções simbólicas das atividades adultas. O uso da brincadeira na educação da criança pequena ainda é apoiado pelos educadores. A maternagem é uma forma de educação que responde as necessidades sociais, físicas, intelectuais e emocionais de cada criança. O método Montessori O método Montessori é uma forma de auto-educação centrada no treinamento sensorial. A dra. Maria Montessori criadora dessa nova instituição educacional, tentava afastar-se da educação italiana tradicional. Montessori iniciou seu trabalho como médica lidando primariamente, com crianças deficientes mentais. Impressionada por seu estudo do trabalho de educadores como os de Seguin, ela começou a modificar e a usar alguns de seus métodos e materiais. A população alvo e os métodos básicos da escola montessoriana e do material eram os mesmo: ambos trabalhavam com os filhos do pobres, foram influenciados pelo trabalho e Seguin enfatizavam a educação sensorial. As creches A primeira creche (que literalmente significa “manjedoura”) foi criada em Paris em 1844 para ajudar as mães trabalhadoras, combater a mortalidade infantil e ensinar hábitos de higiene. As creches são um produto da Revolução Industrial. Rousseau e as novas idéias sobre a educação Defendeu a idéia de que a verdadeira finalidade da educação é ensinar a criança a viver e a aprender a exercer a liberdade. A criança era um ser de características próprias, não só as suas idéias, seus interesses e suas vestimentas tinham de ser diferentes dos adultos. Também o relacionamento rígido mantido pelos adultos em relação a elas precisavam ser modificadas. Cada fase da vida – infância, adolescência, juventude e maturidade – foi concebida como portadora de características próprias, respeitando a individualidade de cada um. “A bondade e a felicidade do individuo são mais essenciais que o desenvolvimento de seu talento.Colocando as necessidades e os interesses do individuo acima da sociedade organizada, Rousseau inverteu a ordem universal. Na sociedade ideal e natural, onde a natureza conserva sua simplicidade e inocência originais, todos os indivíduos seriam educados juntos e participariam de interesses comuns.” Mostrou que a criança devia fazer, sem ajuda dos outros, aquilo que é capaz de fazer por si mesma. Afirmou que a educação não vem de fora, é a expressão livre da criança no seu contato com a natureza. Pestalozzi e os fundamentos psicológicos da educação João Pestalozzi (1746-1827). Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder da educação para aperfeiçoar o individuo e a sociedade. Com seu entusiasmo, reis e governantes a pensarem na educação do povo. O lar era para ele a melhor instituição de educação, base para a formação política, moral e religiosa. E a instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada. Na instituição de Pestalozzi, que contava com meninos e jovens, mestre e alunos permaneciam juntos o dia inteiro.O dia escolar intenso e variado: Das 8 as 17 horas, as atividades, organizadas, eram desenvolvidas de maneira flexível. A organização da escola era simples, sendo que ficavam numa turma os que tinham menos de oito anos; noutra, a classe inferior ficavam meninos de oito a onze anos e na superior, os de onze a dezoito anos. Pestalozzi condenava a coerção, as recompensas e punições. Problemas disciplinares eram discutidos a noite. Dava-se a memória um enorme valor, os professores não possuíam habitação.Os poderes infantis brotam de dentro para fora; a graduação deve ser respeitada; o método deve seguir a natureza; o professor é comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer; a impressão sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa. Froebel e o surgimento do primeiro Jardim de Infância Friedrich Froebel (1782-1852). Suas idéias reformularam a educação.Inspirou-se no amor a criança e a natureza. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade. Decroly e a escola para a vida Ovide Decroly (1871-1932). Interessou-se especialmente (mas não apenas) pelas crianças chamadas “retardadas” e “anormais”. Com o seu método dos centros de interesse, rompeu com rigidez dos programas de ensino do seu tempo. Segundo ele, a criança deve ser criança e não um adulto em potencial. Nos centros de interesse, a criança passava por três momentos: o da observação, o da associação e o da expressão. A seriação de elementos não era obrigatória. De algo simples para a criança, como comer, poderia surgir o estudo da alimentação. Para Decroly, a sala de aula esta em toda parte, na cozinha, no jardim, no museu, no campo, na oficina, na fazenda, na loja, na excursão, nas viagens… Montessori e as “casas das crianças” Maria Montessori (1870-1952). Mudou os rumos da educação tradicional, que privilegiava a formação intelectual. Emprestou um sentido vivo e ativo a educação. Destacou-se pela criação de Casas de Crianças instituições de educação e vida e não apenas lugares de instrução. O papel da concentração A concentração também é muito trabalhada. Toda tarefa é procedida de uma preparação. O trabalho se desenvolve e o seu ciclo se completa no intimo do sujeito. As ciências e as historias O estudo da historia deve ser vinculado a evolução global da Terra. A criança deve ir percebendo gradativamente as manifestações do homem; na natureza e na cultura, tudo esta relacionado. Muitas tem sido as criticas ao sistema montessoriano, entre elas o fato de não favorecer o contato e a discussão do problemas da realidade vivida pela criança. Piaget e os estágios de desenvolvimento da criança Jean Piaget sua preocupação mais forte foi o sujeito epistêmico estudou a evolução do pensamento ate a adolescência. Processo de interação individuo ambiente. “A preocupação central de Piaget dirige-se a elaboração de uma teoria do conhecimento, que possa explicar como o organismo conhece o mundo. A fundação do desenvolvimento não consiste, em produzir estrutura lógica que permitam ao individuo atuar sobre o mundo de formas cada vez mais flexíveis e complexas.” O desenvolvimento da inteligência O processo de desenvolvimento da inteligência, segundo Piaget leva-nos a alguns conceitos fundamentais: A hereditariedade. A adaptação. Os esquemas. A equilibração Quatro estágios de desenvolvimento I – Estagio sensório motor (0 a 2 anos). II – Estagio pré-operacional (2 a 6 anos). III – Estagio de operações concretas (7 a 11 anos) IV – Estagio das operações formais (12 anos em diante). Autor: Douglas Leichtweis Vieira